Paróquia é Nossa Senhora de Lourdes

A centenária Igreja da Colônia foi sagrada em louvor a Nossa Senhora de Lourdes em 11 de junho de 1889 e, em 14 de janeiro de 1914, tornou-se Paróquia da Diocese de Campinas. Por isso mesmo, embora muitos a chamem de “Capela” pelas suas dimensões, ela é a “Igreja Matriz” da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Além da padroeira Nossa Senhora de Lourdes, há outros dois Patronos pelos quais os helvetianos guardam grande devoção: São José e São Nicolau de Flüe. Atualmente, Cônego Álvaro Augusto Ambiel administra a Paróquia, com o auxílio do Diácono Rubens, que celebra as cerimônias de matrimônio.

A Igreja Nossa Senhora de Lourdes mantém sua arquitetura original, inspirada em Igrejas da Suíça Central.

Os imigrantes suíços que fundaram a Colônia Helvetia sempre tiraram a sua força e coragem na fé cristã (católica). Na época em que se decidiram pela construção da Igreja da Colônia, a Europa estava tocada pelas aparições de Nossa Senhora na França e, portanto, de acordo com o livro sobre a História de Helvetia (Weizinger, 1935), foi decidida em reunião com expressivo número de helvetianos, que a Igreja seria dedicada à Imaculada Conceição de Maria (imagem no altar central: Nossa Senhora de Lourdes), à Santíssima Trindade e ao Patrono da Suíça, São Nicolau de Flüe (imagem no altar lateral esquerdo). Também se encontram nos altares laterais as imagens de devoção dos helvetianos: Sagrado Coração de Jesus, São José, São Bento, Santo Antonio e Santa Terezinha. Na parede lateral esquerda, posteriormente, foi instalado um nicho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

No dia 5 de junho de 1888 foi benzida a pedra fundamental, que se encontra à esquerda sob o arco do altar, mede pouco menos do que um metro cúbico e foi trazida de carro de boi. Essa, bem como a maioria das demais pedras usadas na fundação da Igreja (170 carregamentos de carroça) foram retiradas da beira da estrada na Serra d’Água. A maior parte das madeiras foi retirada da própria terra e trabalhada pelos artistas suíços locais. Todos os vitrais do altar mor foram trazidos da França e os laterais foram feitos no Brasil e apresentam cenas da vida de São Nicolau de Flüe.

Em funcionamento desde 1925 e bem conservado por manutenções constantes, o órgão de tubos fabricado na Alemanha, acompanha exclusivamente o coral da Igreja nas missas dominicais.

Desde as suas origens a Igreja vem sendo mantida pelas coletas nas missas, pelas contribuições dos dizimistas (antigamente seriam os Associados da Mantenedora da Sociedade da Igreja) e com recursos auferidos em festas ou campanhas promovidas com objetivos específicos.

A partir de 1995 foi constituído o Conselho Paroquial, que sob a presidência do Vigário deve se responsabilizar pela conservação e administração dos bens da Igreja, bem como coordenar a pastoral.

Logo nos primeiros anos após o término da construção da Igreja, foram criadas as confrarias do Apostolado da Oração, do Santíssimo Rosário e a Pia União das Filhas de Maria. Das três finalidades que a Teologia determina para a Igreja, a saber: a evangelização, a catequese e a liturgia, a primeira se dava naturalmente, no ambiente do lar, dada a profunda vivência de fé dos helvetianos. A catequese sempre mereceu um empenho e um cuidado especial. Além das aulas de religião regularmente ministradas dentro do currículo escolar, todos os domingos, ao longo desses anos, houve aulas de catequese. A liturgia, como a expressão comunitária da fé, ocupou sempre um lugar de destaque na vida religiosa dos helvetianos. A começar pela ornamentação do altar, sob a responsabilidade de senhoras e moças que se revezam semanalmente. De preferência com as flores dos campos e dos jardins cultivados em suas casas. As toalhas de crochê, feitas por urna geração de artistas, sempre estão a adornar o altar. São ainda admiráveis os bordados que ornamentam as cortinas do tabernáculo. Tudo feito no silêncio, quase anonimamente.

Merece, ainda, lembrança especial, o Coral de Helvetia. Constituído de amadores, em nenhum momento desses anos todos deixou de contribuir para o esplendor da celebração litúrgica. São conhecidos de todos os esforços e a dedicação que se exigem para a manutenção de um coral, presentes em todas as missas dominicais.

Helvetia celebra e respeita todas as festas do calendário litúrgico, mas privilegia de um modo muito especial a Festa de Natal, fruto das raízes europeias de seus fundadores e do grande sentido de família que sempre reinou na Colônia. Durante muito tempo, não só o coral, mas todo o povo cantava o canto gregoriano, nas missas e nas outras celebrações litúrgicas. Isto se deve à influência beneditina, quer de D. Ildefonso, quer das Irmãs, que por 24 anos trabalharam em Helvetia.

Horários de Missas:
Aos sábados: missa às 19h00
Aos Domingos: missa às 08h00
1° Sexta-feira do Mês: celebrações as 7h00.