O coral da igreja existe desde que a igreja foi construída, no final do século passado. No início a Sra. Maria Ambiel era quem comandava os cantos em latim.

Com a Renovação do Concilio, do papa João XXIII, passou-se a entoar cânticos da inova liturgia.

A Sra. Lídia Ming, professora da escola, morou onde hoje é a secretaria paroquial e ensinava e ensaiava cânticos e vindo depois a contribuir com seus cursos de liturgia, Maria José Sigrist.

Em 1937, cinco jovens, com idades variando entre treze e quinze anos, iniciaram uma escalada musical e muitos foram os obstáculos que marcaram a trajetória das jovens cantoras. Inexperientes, tiveram que aprender a metodologia musical, a leitura de partituras e a impostação da voz. Este aprendizado se estendeu por dois anos, e o reconhecimento se deu em 1939, quando cantaram pela primeira vez na missa do Galo, juntamente com o coral adulto.

A convite da madre Columba, da Ordem de São Bento, as jovens: Alice Wolf, Anastácia Ambiel, Aracy Berdu Ambiel, Dolores Sigrist e Marta Maria Ambiel Amstalden, começaram como cantoras menores, em 5 de julho de 1937, cantando todos os domingos as partes móveis da missa gregoriana, em latim. A condição de cantoras menores, porém, não durou muito tempo. Após o ingresso no coral adulto, onde se destacaram pela beleza de suas vozes e pela clareza na interpretação do latim, aprimorados durante os ensaios, dedicaram-se ainda mais à música.

O coral se apresentava na missa principal, todos os domingos, as 8h45, ensaiando duas vezes por semana por duas horas. Com a saída das irmãs Beneditinas, Agostinho Campregher, chamado carinhosamente de Nenê, acompanhou o coral, tocando órgão, o qual permaneceu até a morte de Dom Ildefonso Stehle, em 1960.

Muitos Maestros e regentes passaram pelo coral o que, de certa forma, dificultou o entrosamento entre os integrantes. Por outro lado, este fato contribuiu para aperfeiçoamento do grupo, através do intercâmbio de experiências. A falta de um órgão, durante anos, também prejudicou bastante o desenvolvimento do grupo.

Apesar de nunca terem aprendido o latim, Alice, Anástacia, Aracy, Dolores e Marta acabaram por assimilar a língua, devido a constante repetição. Com isso a pronúncia se enriqueceu, contribuindo para o entrosamento de todas as vozes.

Como não tiveram oportunidades de frequentar um curso superior, as meninas se esforçaram e se dedicavam ao máximo ao coral.  ´ Íamos aos ensaios descalças, para não gastar as solas dos sapatos´, comenta Dolores Sigrist.

A beleza na execução das músicas, fez com que o coral se tornasse parte integrante das missas e o grupo raramente se apresenta em outro locais, com algumas exceções, os ensaios são feitos de acordo com a necessidade e assim mantém se até os dias atuais.

Em ocasião das Bodas de Prata de Plácido Ambiel e Araci Berdu, em 1975 o sobrinho Sávio Amstalden, compõe uma música e passa ser regente do coral.

Em 1978, no casamento de Clóvis Von Ah e Zita Josefa Bannwart, Helvetia recebe a organista Maria Alvina krähenbühl, parente do Clóvis e coral se motiva e se entusiasma.

Nos anos 90, Maria Alvina krähenbühl por motivo de estudos vai para Alemanha e durante sua ausência o coral contou com o organista Renato E. Zumstein – o querido Renê, e emergencialmente Albertina Ming e Fernando Von Zuben Bannwart.

Muitos membros desse coral já se encontram na casa do Pai, outros pelos “anos de vida” sua presença fica cada vez mais difícil, então novos cantores – filhos e filhas dos cantores passam a fazer parte e renovar o ciclo para que se possa dar continuidade. Atualmente cabe a Sra. Cândida Ambiel Bannwart a coordenação na organização dos cânticos/músicas antes e após as cerimônias.

O coral de Helvetia, assim conhecido esteve sempre presente nas festividades da Igreja, da colônia e celebrações como casamentos, bodas e exéquias. Entre os eventos mais marcantes, as cantoras destacam a missa do Centenário de Helvetia, em 1988, ocasião em que o coral se apresentou emocionando o público presente. As datas de maior importância são Natal e a Páscoa, e as músicas que provocam maior emoção são  `noite feliz´ e ´Transeamus`, que envolvem toda uma tradição há mais de 75 anos , cantá-las na missa do Galo.